Como Nascem os Hackers?
No início dos anos 60, um grupo de programadores do MIT -
Massachusetts Instituto
of. Technology (web.mit.edu) se autointitulou hacker em alusão
as suas competências pessoais em lidar com computadores e
sistemas. Neste sentido, o hacker era alguém especialista
em
lidar tanto com o software quanto com o hardware,
incluindo
os sistemas operacionais. Era alguém que conhecia como
a palma da mão os sistemas de informática da época. Esta
autodenominação era uma forma de auto-reconhecimento
por serem realmente bons no que faziam. Sem falar que a
cultura americana incentiva a autopromoção. Por lá a
humildade não é bem
vista. No Brasil ocorre justamente o contrário. Se alguém
se diz bom em alguma
coisa é mal visto. Este excesso de humildade pode, de
certa forma, atrapalhar o
desenvolvimento humano. Mas este não é o assunto deste
livro.
Voltando ao MIT, a situação se complicou quando alguns
destes cérebros brilhantes
resolveu ir para o lado negro da força e criar alguns
programas com vida própria
para testes: os vermes e vírus. A confusão entre hacker
do bem ou do mal (cracker)
começou na década de 80 quando surgiram os primeiros vírus
e presenciamos a
criação da Legion of Doom em 1984. Foi lamentável essa
confusão entre quem cria e
quem destrói. Por outro lado, ao associar em excesso o
“hackerismo” à informática,
fez com que esta palavra fosse associada quase que
exclusivamente aos especialistas
em sistemas de informática que usam este conhecimento
para cometer algum
ato condenável. Se não houvesse este vínculo com a
informática, teríamos hackers
nas várias áreas de atuação humana: o hacker escritor, o
hacker médico, o hacker
jornalista, o hacker transformista, etc...
De forma resumida, em um primeiro momento (décadas de 60
e 70), hackers eram
os especialistas em software e hardware. Muitos desses
hackers contribuíram para o
atual estado da tecnologia da informação. Como exemplos
dos primeiros hackers,
temos gente do quilate de Vinton Cerf (‘pai’ da Net), Tim
Berners-Lee (‘pai’ da
Internet), Steve Wozniak (criador do primeiro computador
pessoal do mundo), Bill
Joy (criador do Unix) e Linus Torvalds (criador do
Linux), entre outros.
Na segunda geração de hackers (iniciada entre as décadas
de 80 e 90) começamos a
ter os problemas de vírus e invasão. O hacker passa a ser
visto como o PIRATA
DA INFORMÁTICA e tratado como criminoso. O melhor
representante desta
geração é o Kevin Mitnick, cuja fama mundial se deve ao
excelente trabalho
jornalistíco-para-vender-jornal do The Washington Post. Não custa lembrar que o site
do Mitnick foi pichado, em uma ‘homenagem’ a sua
libertação da prisão.
Ainda estamos na segunda geração de hackers, quase
entrando na terceira. Não
temos ainda alguém tão famoso quanto os pioneiros.
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